sábado, 7 de junho de 2014

Os 23 piratas que vão invadir o Brasil


1 - Orestis KARNEZIS

Orestis Karnezis esteve presente em todos os jogos da Grécia na sua caminhada rumo à Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. O grande desempenho o fez brilhar como um dos melhores goleiros das eliminatórias europeias. O arqueiro fez a sua estreia pela seleção no começo de 2012, mas não fez parte do plantel que disputou a Euro naquele ano.

O técnico Fernando Santos decidiu que Karnezis seria o seu camisa 1 nas eliminatórias para o Brasil 2014 após uma grande atuação dele em um amistoso contra a Noruega. O técnico português foi recompensado pela escolha: o ex-goleiro do Panathinaikos não sofreu gols em oito partidas no Grupo G das eliminatórias europeias e ajudou a Grécia a ser vice-líder da chave, atrás apenas da Bósnia e Herzegovina.

Na carreira profissional, Karnezis disputou apenas um jogo na campanha do título grego do Panathinaikos em 2009/10. Virou titular em 2011/12, levando o prêmio de melhor goleiro nos dois últimos anos do Campeonato Grego. As ótimas atuações pelo clube e pela seleção despertaram o interesse da italiana Udinese, que o contratou em 2013. Porém, ele foi imediatamente emprestado ao espanhol Granada.

2 - Ioannis MANIATIS

Jogador versátil que representou a Grécia em dez jogos das eliminatórias para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, Ioannis "Giannis" Maniatis começou a carreira como lateral direito no Panionios, clube pelo qual jogou por quase uma década após assinar contrato profissional em 2003. Ele estreou pela seleção da Grécia em uma vitória por 1 a 0 sobre a Sérvia em um amistoso disputado em 2010. No começo de 2011, foi contratado pelo gigante grego Olympiacos.

No início atuava na zaga central, mas viu a carreira mudar para sempre logo antes da partida contra o Olympique de Marselha pela Liga dos Campeões da Europa no ano seguinte. Sem opções para atuar no meio, o então técnico do Olympiacos Ernesto Valverde passou Maniatis para a meia-cancha, e o camisa 2 foi a grande surpresa, com uma ótima atuação que lhe rendeu reconhecimento na sua terra natal.

Por esse motivo, Maniatis passou a ser escalado primordialmente como volante nas campanhas do tricampeonato grego obtido nos seus primeiros três anos pela equipe. O sucesso na nova posição o firmou como titular da Grécia na Euro 2012 e durante as eliminatórias para o Brasil.

3 - Georgios TZAVELAS

Georgios Tzavelas começou a carreira em 2006 no Kerkyra, da ilha de Corfu, com o qual foi rebaixado para a segunda divisão grega. Voltou à elite do futebol do país em 2008, já com o Panionios. Duas temporadas depois, deixou a Grécia para defender o Eintracht Frankfurt. Foi só então que estreou com a camisa de sua seleção, em um empate sem gols com a Croácia nas eliminatórias para a Eurocopa 2012.

O seu momento mais marcante pelo Eintracht foi em um jogo contra o Schalke 04, justamente quando marcou o primeiro gol no Campeonato Alemão. Na ocasião, superou o goleiro adversário ‒ ninguém menos do que Manuel Neuer ‒ com um chute disparado a 73 metros de distância, um recorde da competição. Um mês depois, porém, Tzavelas sofreu uma lesão no ligamento cruzado do joelho esquerdo e perdeu o resto da temporada, assistindo de fora dos gramados ao rebaixamento do Frankfurt. Em janeiro de 2012, ele foi por empréstimo para o Mônaco, mas acabou sendo contratado definitivamente. Na temporada seguinte, ajudou a equipe a voltar para a elite francesa.

Tzavelas fez duas apresentações na Eurocopa 2012 e entrou três vezes como substituto ao longo das eliminatórias para o Brasil 2014. Desde setembro de 2013, está de volta ao futebol grego, defendendo o PAOK.

4 - Konstantinos MANOLAS

Chamado para a lista provisória de convocados para a Copa do Mundo da FIFA 2010 com apenas 19 anos de idade, Konstantinos Manolas desenvolveu ainda mais o seu futebol e se tornou dos melhores zagueiros da Grécia, embora a sua estreia pela seleção tenha ocorrido apenas três anos após a ausência da lista final do plantel na África do Sul.

O jovem defensor é sobrinho do lendário zagueiro Stelios Manolas, que jogou nos EUA 1994, fez mais de 70 partidas pela seleção e atuou por duas décadas no AEK de Atenas.

Foi no clube do tio que Konstantinos construiu o seu nome: mudou-se para a capital do país aos 18 anos, ganhou a Copa da Grécia e fez a sua estreia em competições continentais na Liga Europa. Apesar de o tio ser um grande ídolo do AEK, o Manolas mais jovem decidiu se transferir ao Olympiacos em 2012. O clube conquistou o Campeonato Grego em 2013, com Manolas sendo titular absoluto. O alto zagueiro fez a sua estreia pela seleção em fevereiro de 2013 e foi convocado para todas as partidas das eliminatórias desde então. Disputou três jogos na caminhada rumo ao Brasil.

5 - Vangelis MORAS

Apesar de ter atuado na África do Sul 2010, o experiente zagueiro Vangelis Moras foi uma surpresa na convocação de Fernando Santos. O jogador do Hellas Verona não participou das eliminatórias rumo ao Brasil 2014, mas jogou o suficiente pelo seu clube para garantir lugar na seleção. Moras defendeu as cores da Grécia pela primeira vez no Torneio Olímpico de Futebol de Atenas 2004 e jogou as três partidas da fase de grupos. Na ocasião, o país-sede terminou em último lugar no Grupo A.

Moras teve de esperar quase meia década para que fosse convocado para a seleção principal. O então técnico Otto Rehhagel o chamou para a sua estreia em um empate em 1 a 1 contra a Dinamarca em fevereiro de 2009. Depois disso, o zagueiro disputou seis jogos pelas eliminatórias para a África do Sul, ajudando o plantel de Rehhagel a conseguir a classificação. O atleta sofreu uma lesão no treino antes do primeiro jogo da fase de grupos e só se recuperou a tempo de enfrentar a Argentina, último compromisso da Grécia antes de voltar para casa.

Após o Mundial, Moras jogou uma partida pelas eliminatórias para a Euro 2012 e não foi convocado para o plantel final. No entanto, o seu desempenho na defesa do Hellas Verona nesta temporada, ajudando o time a terminar o Campeonato Italiano de forma confortável no meio da tabela, contribuiu para que fosse convocado por Fernando Santos para a sua segunda Copa do Mundo da FIFA consecutiva.

6 - Alexandros TZIOLIS

Atleta elegante, que gosta de jogar com a bola no pé, Alexandros Tziolis é presença constante nas convocações da seleção grega desde a sua estreia pelo conjunto em 2006, em um amistoso com a Coreia do Sul. Meia de características defensivas, ele estava no elenco que disputou a Eurocopa 2008, mas só entrou em campo como substituto no jogo contra a Espanha, já que o selecionado comandado por Otto Rehhagel – então, detentor do título continental – foi eliminado logo na primeira fase.

Tziolis virou um dos favoritos do técnico na reta final das eliminatórias para a Copa do Mundo da FIFA 2010™, já que, apesar de jogar apenas quatro partidas do torneio classificatório, acabou entrando em campo nos três compromissos de seu país no Mundial.

Tziolis disputou dez jogos na campanha rumo ao Brasil 2014 e se firmou por completo na equipe, apesar de não ter ido à Eurocopa 2012. Em clubes, a sua carreira o levou a viajar por meia Europa. Revelado nas categorias de base do Panionios, ele foi para o Panathinaikos em 2005, mas teve altos e baixos com o tradicional time de Atenas. Foi então emprestado ao Werder Bremen em 2009, com o qual jogou a última final da Copa da UEFA e levantou a taça da Copa da Alemanha.

De lá para cá, passou pelo Siena na Itália, pelo Racing Santander na Espanha, pelo Mônaco na França e foi campeão cipriota em 2013 com o APOEL de Nicósia. Ainda no ano passado, Tziolis voltou para a Grécia para vestir a camisa do PAOK, mas passou o segundo semestre da temporada emprestado para o Kayserispor turco.

7 - Georgios SAMARAS

Filho do australiano de nascimento e ex-jogador grego Ioannis Samaras, Georgios Samaras passou a maior parte da carreira atuando em clubes fora da Grécia. O atacante de grande estatura deixou a sua terra natal aos 16 anos para atuar pelo holandês Heerenveen. Lá, teve duas temporadas de sucesso, atraindo o interesse de clubes da primeira divisão inglesa.

Ele então escolheu o Manchester City como destino. Teve dificuldades para se estabelecer na equipe no começo, mas aos poucos foi ganhando a confiança do técnico Stuart Pearce. Quando Pearce deixou o clube, Samaras teve de provar a sua capacidade novamente ao novo técnico, Sven-Goran Eriksson.

Emprestado ao Celtic, Samaras fez sucesso na Escócia, conquistando o campeonato nacional em 2007/08, o qual lhe rendeu um contrato em definitivo com o clube. Assim, assegurou também um lugar no plantel da Grécia que disputou a Euro 2008.

Samaras ajudou a Grécia a deixar para trás a decepcionante campanha na competição continental daquele ano ao marcar gols importantes que ajudaram o país a garantir a classificação grega para a Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010. No torneio, ele disputou os três jogos da fase de grupos.

A supremacia do Celtic em âmbito nacional, com três títulos em sequência, ajudou Samaras a se firmar como um dos principais atacantes gregos da atualidade. Ele marcou um gol contra a Alemanha nas quartas de final da Euro 2012 e jogou dez partidas nas eliminatórias para o Brasil 2014.

8 - Panagiotis KONE

Albanês de origem e autor de muitos golaços na carreira, o habilidoso ponta Panagiotis Kone foi indicado para o Prêmio Puskás da FIFA 2013 e traz categoria e habilidade ao plantel grego. Kone ficou frequentemente no banco durante as eliminatórias para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. Nas duas vezes em que entrou como titular, ambas contra Liechtenstein, a equipe de Fernando Santos saiu vitoriosa.

O meia-atacante estreou na seleção grega contra a Áustria em um amistoso no final de 2010, mas acabou não sendo convocado para a Euro 2012 depois de ter sido expulso contra a Eslovênia em um dos amistosos finais antes do torneio.

A carreira de Kone é bastante interessante e diferente das de muitos dos seus colegas da seleção grega. Depois de iniciar no Olympiacos, foi recrutado para as categorias de base do francês Lens, assinando em seguida o seu primeiro contrato profissional com o AEK de Atenas. Após se transferir para o Iraklis, ele trocou a Grécia pela Itália para defender o Brescia e posteriormente a sua equipe atual, o Bologna.

O lance de maior destaque jogando com o Bologna foi indubitavelmente o gol que ele marcou contra o Napoli, uma meia bicicleta indefensável da entrada da área pela qual foi indicado ao Prêmio Puskás da FIFA 2013. O técnico Fernando Santos espera poder contar com Kone para dar mais habilidade e criatividade à Grécia no Brasil 2014.

9 - Konstantinos MITROGLOU

Konstantinos Mitroglou viveu um 2013 fantástico na Grécia, anotando 20 gols em 26 partidas do campeonato nacional pelo Olympiacos e sagrando-se o artilheiro do país nas eliminatórias para a Copa do Mundo da FIFA 2014. Com quatro gols nas seis partidas que disputou a caminho do Brasil, dos quais três nos confrontos da repescagem contra a Romênia, fica fácil compreender por que o atacante se tornou a contratação mais cara da história do Fulham, com quem assinou em janeiro.

Aliás, os 11 milhões de libras esterlinas que a equipe inglesa pagou ao Olympiacos é o valor mais alto já movimentado por um jogador grego. Antes de desembarcar na Terra da Rainha, Mitroglou impressionou na UEFA Champions League marcando três gols contra o Anderlecht e depois contra o Benfica na fase de grupos, contribuindo para a classificação do clube ateniense no Grupo C.

Nascido na Grécia e criado na Alemanha, o jogador foi revelado na campanha do país rumo à final do Campeonato Europeu Sub-19 de 2007. No mesmo ano, deixou a equipe B do Borussia Monchengladbach para jogar no Olympiacos, mas penou para encontrar espaço no plantel. Emprestado ao Panionios em 2011 e ao Atromitos em 2012, Mitroglou acumulou 24 gols nas duas campanhas.

Embora tenha estreado pela seleção em 2009, ele também precisou esperar por uma vaga de titular, ficando de fora da Copa do Mundo de 2010 e jogando meros 19 minutos na UEFA Euro 2012.

10 - Georgios KARAGOUNIS

Um dos poucos astros da Euro 2004 que seguem em atividade, Karagounis se tornou sinônimo da determinação obstinada que o mundo do futebol associa à seleção grega, herança que Fernando Santos recebeu ainda dos tempos em que o selecionado era treinado pelo alemão Otto Rehhagel.

O que Karagounis não tem em altura certamente compensa com uma enorme capacidade de trabalho. O capitão grego se notabiliza por cumprir com afinco as suas tarefas graças à sua atitude abnegada em campo. Ele fez fama ao capitanear a Grécia que chegou à final da Euro Sub-21 em 1998. A estreia pela seleção principal ocorreria no ano seguinte, após assinar contrato com o Panathinaikos.

Embora não tenha conquistado nenhum título na sua primeira passagem pelo clube, ele impressionou nas competições continentais, com uma série de atuações memoráveis, inclusive na chegada às quartas de final da UEFA Champions League de 2002.

O melhor momento de Karagounis, e o maior da história do futebol grego, viria na Euro 2004. O meia fez o primeiro gol do torneio em um chute rasteiro de fora da área diante do anfitrião Portugal. Karagounis sofreu uma frustração no torneio: levou cartão amarelo aos 42 minutos do segundo tempo na semifinal contra a República Tcheca, o que tirou o então meia da Inter de Milão da decisão, que também foi contra os donos da casa. Porém, a equipe de Rehhagel soube se virar sem o grande líder e bateu novamente Portugal, conquistando o seu primeiro título na história.

Desde então, Karagounis tornou-se o jogador que mais vezes vestiu a camisa grega, superando Theo Zagorakis com seu jogo de número 121 na partida contra a Bósnia e Herzegovina, em outubro de 2012, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo da FIFA 2014. Daí para frente, este número só aumentou. No total da campanha, por exemplo, foram dez partidas, seis delas saindo do banco de reservas.

Apesar de estar jogando menos que em anos anteriores, o meia de 37 anos segue tendo enorme influência sobre o vestiário grego. O técnico Fernando Santos, que trabalhou com ele no Benfica, o tem em alta conta, devido à firmeza que exala. "Temos confiança e sabemos que podemos bater qualquer adversário", afirmou Karagounis durante as eliminatórias para a Copa do Mundo.

11 - Loukas VYNTRA

Defensor experiente, Loukas Vyntra já mostrou ser uma boa opção para a lateral-direita da seleção substituindo o titular Vasilios Torosidis. O jogador, que pode atuar tanto na defesa quanto no meio-campo, disputou duas partidas das eliminatórias para o Brasil 2014, mas esteve nos três compromissos da Grécia na África do Sul 2010. Além disso, vestiu a camisa da seleção na Copa das Confederações da FIFA 2005 e no Torneio Olímpico de Futebol de Atenas 2004.

Vyntra é presença constante no time titular do Panathinaikos, ao qual chegou em 2004 vindo do Paniliakos. Venceu o campeonato e a copa nacionais já na sua primeira temporada no time, repetindo o feito em 2010. Deixou o país natal pela primeira vez em 2013, quando foi para o Levante espanhol. Desde então, se tornou peça-chave da defesa e ajudou o modesto clube de Valência a terminar na 11ª posição no ano passado.

12 - Panagiotis GLYKOS

Panagiotis Glykos foi uma inclusão de última hora no plantel grego, surpreendendo por tomar o lugar de Michail Sifakis como terceiro goleiro, atrás de Orestis Karnezis e de Stefanos Kapino. O arqueiro do PAOK chega ao torneio em boa forma, após um bom desempenho na última temporada do Campeonato Grego. Glykos estreou pela seleção em março em um amistoso contra a Coreia do Sul e impressionou bastante o técnico, que o incluiu na lista de 23 jogadores para o Brasil 2014.

O goleiro iniciou a carreira nas divisões de base do Olympiacos Volou antes de assinar com o PAOK em 2007. Acabou sendo emprestado e só foi se firmar na equipe principal durante a temporada 2011/12. Desde então, vem disputando a camisa 1 com os outros goleiros do plantel. Ele começou a temporada 2013/14 na reserva do espanhol Jacobo e só foi assumir a titularidade em novembro. Glykos agarrou a oportunidade com ambas as mãos, só ficou de fora de outros dois jogos até o final da campanha e acabou recebendo a convocação para o Brasil 2014.

13 - Stefanos KAPINO

Stefanos Kapino estabeleceu algumas marcas como um dos talentos emergentes do futebol grego. Com 17 anos e 241 dias de idade, o alto goleiro se tornou o mais jovem jogador a representar a seleção principal, estreando em 2011 num amistoso contra a Romênia. Isso apenas dois anos depois de se tornar o mais jovem a disputar um jogo pela seleção grega sub-17, aos 15 anos.

A estreia pela Grécia ocorreu em um período agitado para Kapino, no fim de 2011, logo após ele debutar pelo time profissional do Panathinaikos, o que ocorreu em setembro daquele ano. O arqueiro disputou uma série de jogos na sua temporada de estreia pelo clube e, depois de ser utilizado com parcimônia em 2012/13, se estabeleceu como titular no final da temporada.

14 - Dimitrios SALPINGIDIS

Capaz de atuar como centroavante ou aberto pela direita, Dimitrios Salpingidis já tem mais de 70 jogos pela seleção e jogou a carreira inteira em clubes gregos. Ainda quando era um jovem jogador do PAOK de Salônica, foi emprestado ao Larissa em 1999 e jogou outras duas temporadas no Kavala, da segunda divisão — numa dessas temporadas, foi o artilheiro da competição.

Chamado de volta ao PAOK, Salpingidis marcou 50 gols em 103 jogos, firmando-se como principal atacante do clube, capitão e maior artilheiro do país, conquistando assim um lugar na seleção grega.

Transferiu-se ao Panathinaikos em 2006 e já de cara mostrou que o investimento feito pelo gigante grego valeu a pena: na sua estreia, marcou três gols contra o Aigaleo. Integrante da seleção da Grécia que disputou o Torneio Olímpico de Futebol Masculino de Atenas 2004, Salpingidis é presença permanente na seleção principal desde 2005.

O atacante disputou a Copa do Mundo da FIFA 2010 e marcou um gol na histórica primeira vitória do país em Mundiais, os 2 a 1 sobre a Nigéria. Ele voltou ao PAOK em 2010 e marcou quatro gols nas eliminatórias rumo ao Brasil 2014.

15 - Vasileios TOROSIDIS

Vasileios Torosidis só ficou de fora de uma única partida das eliminatórias para o Brasil 2014 e se firmou como a primeira opção do técnico Fernando Santos para a lateral direita. Ele vem sendo uma constante na Grécia desde que estreou com a camisa do selecionado na preparação para Eurocopa 2008 e jogou duas partidas da competição disputada na Áustria e na Suíça. A sua versatilidade ficou evidente naquele torneio, em que jogou de lateral-esquerdo.

Nascido na cidade de Xanthi, ele também sabe jogar no meio-campo, mas se tornou o dono da lateral direita depois de atuar ali em oito partidas da sua seleção na campanha rumo à África do Sul 2010. Depois de entrar para lista final do elenco que foi àquela Copa do Mundo da FIFA™, ele marcou o segundo gol do seu conjunto na partida contra a Nigéria – um feito histórico porque garantiu a primeira vitória grega em Mundiais.

Torosidis começou no futebol no Skoda Xanthi, mas foi contratado em 2006 pelo Olympiacos, clube pelo qual teve uma frutífera passagem. No supercampeão grego, conquistou cinco títulos nacionais e uma Copa da Grécia antes de assinar com o Roma em 2013. Uma das suas principais contribuições ao clube da capital italiana foi o belíssimo gol contra a Internazionale na semifinal da Copa da Itália, que classificou o seu time para a decisão.

16 - Lazaros CHRISTODOULOPOULOS

Apesar de ter estreado em 2008, Lazaros Christodoulopoulos teve de esperar pela sua oportunidade na seleção grega depois se ausentar por três torneios consecutivos: a Euro 2008, a Copa do Mundo da FIFA 2010 e a Euro 2012. O ponta esguio, com uma excelente finalização de longa distância, construiu uma reputação formidável desde que se transferiu para o Bologna no início de 2013. Ele estreou com tudo no Campeonato Italiano ao marcar um gol contra a Fiorentina depois de começar o jogo no banco. Após sair do Panathinaikos (com o qual tinha conquistado dois troféus em 2010, um da copa e outro da liga grega), o jogador continuou evoluindo e é hoje um importante membro do plantel do Bologna.

O português Fernando Santos levou em conta o bom futebol que Christodoulopoulos demonstrou nos clubes pelos quais atuou e o escalou em todos os jogos da Grécia na fase de grupos das eliminatórias depois de ele marcar o gol da vitória contra a Lituânia em Vilnius. O jogador do Bologna ficou no banco nos jogos da repescagem contra a Romênia, mas o seu lugar no plantel do Mundial assegura ao treinador um pouco do talento tão necessário para superar as defesas colombiana, japonesa e marfinense.

17 - Theofanis GEKAS

O experiente Theofanis Gekas possui comprovado faro de gols. O atacante de 34 anos foi o artilheiro das eliminatórias europeias para a Copa do Mundo da FIFA 2010, com dez gols, à frente de Edin Dzeko e Wayne Rooney. Além disso, Gekas terminou na artilharia do Campeonato Grego em 2005 e repetiu o feito na Alemanha dois anos mais tarde, jogando pelo Bochum.

A trajetória do atacante começou na segunda divisão grega no final da década de 1990. Depois de ajudar o Kallithea a conquistar o acesso à elite, Gekas chegou ao Panathinaikos em 2005. Sem surpresas, foi convocado para a seleção grega que disputou a Copa das Confederações da FIFA naquele ano.

Emprestado ao Bochum em 2007, foi artilheiro da elite germânica e no mesmo ano assinou com o Bayer Leverkusen. Desde então, rodou por diversos clubes da Europa, defendendo sucessivamente Hertha Berlim, Eintracht Frankfurt, Portsmouth e Levante até desembarcar na Turquia, em 2012. Depois de jogar no Samsunspor e no Akhisar Belediyespor, foi contratado pelo Konyaspor no ano passado. Gekas marcou dois gols na campanha grega nas eliminatórias para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.

18 - Ioannis FETFATZIDIS

Canhoto, miúdo e hábil no controle da bola em espaços reduzidos, Ioannis Fetfazidis carrega um grande peso de expectativas nos ombros — afinal, é comparado a ninguém menos que o quatro vezes vencedor do prêmio Bola de Ouro da FIFA, Lionel Messi.

Fetfazidis começou a atuar no Olympiacos com apenas 13 anos (como Messi no Barcelona) e também passou por um tratamento de crescimento no início da carreira. A fé que o Olympiacos depositou no meia-atacante foi recompensada. Ele ficou com o clube por cerca de uma década, conquistando três títulos consecutivos do Campeonato Grego e uma Copa da Grécia, antes de se transferir para o Genoa no início da temporada 2013/14.

"Fetfa", como é conhecido carinhosamente pelos torcedores gregos, tem um estilo que combina com o seu porte diminuto. O excelente domínio de bola e a habilidade nas fintas fazem dele um favorito das torcidas. Fetfazidis esteve em campo por poucos minutos nas eliminatórias para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, saindo do banco duas vezes. Agora ele espera ter mais chances no Mundial.

"Quando comecei a jogar, o meu modelo era o Ronaldo", disse ele. "Mas agora é só o Messi. Existem algumas coisas no repertório do Messi que eu acho que posso fazer, mas ele é o Messi, e eu sou o Fetfa", brinca. Ainda assim, vale ficar de olho nele.

19 - Sokratis PAPASTATHOPOULOS

Os ombros largos de Sokratis Papastathopoulos não são grandes o suficiente para que o seu longo sobrenome caiba nas costas da camiseta do Borussia Dortmund. Assim, ele é conhecido apenas por "Sokratis" no clube alemão. O sobrenome é complicado, mas está na ponta da língua dos gregos desde que ele estourou para o futebol, no AEK de Atenas.

Ele estreou na Liga dos Campeões da Europa pelo AEK com apenas 18 anos. Aos 19, foi o mais jovem capitão do clube em todos os tempos ao usar a braçadeira em um clássico contra o arquirrival Panathinaikos pelo Campeonato Grego.

Depois de fazer sucesso no AEK, e após a disputa da Euro Sub-19 (na qual foi capitão da Grécia vice-campeã), ele chamou a atenção do Genoa e se mudou para o futebol italiano em 2008. No mesmo ano, fez a sua estreia pela seleção principal contra a República Tcheca e foi escolhido a revelação do futebol grego.

Após ajudar o Genoa e chegar em quinto e em nono no Campeonato Italiano, o zagueiro despertou o interesse do Milan e se transferiu para San Siro. Lá, Sokratis foi campeão italiano. Porém, como foi pouco utilizado, assinou com o Werder Bremen por empréstimo em 2011, antes de ser contratado em definitivo pelo clube alemão no ano seguinte. Em seguida, o Borussia Dortmund reconheceu o seu talento e o contratou. "O meu futuro era tudo o que importava, e estou convencido de que tomei a decisão certa", considerou Papastathopoulos.

Com uma carreira profissional que cresce a cada ano, Sokratis foi solidificando o seu lugar na seleção grega. Ele só não disputou uma partida na caminhada rumo ao Brasil 2014. Antes disso, já jogara a Copa do Mundo da FIFA 2010 e a Euro 2012.

20 - Jose CHOLEVAS

José Holebas nasceu na Alemanha e atuou no futebol germânico no começo da carreira. Foi destaque no 1860 de Munique até a sua transferência para o gigante grego Olympiacos em 2010. Consolidou-se como titular da equipe pelo lado esquerdo da defesa, conquistando o Campeonato Grego no seu primeiro ano pelo clube.

Holebas poderia atuar por Grécia, Alemanha ou Uruguai, dadas as suas ascendências familiares. Grego por parte de pai, recebeu uma convocação para a seleção helênica no fim de 2011 e fez parte do plantel que disputou a Euro 2012, embora não tenha atuado nas eliminatórias.

Ele disputou três jogos na Eurocopa, mas foi suspenso e não enfrentou a Alemanha nas quartas de final. Depois de deixar boa impressão no torneio, disputou nove dos 12 jogos das eliminatórias para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, entre eles os dois da repescagem contra a Romênia.

Holebas foi expulso nas eliminatórias diante de Liechtenstein, mas voltou à equipe no jogo decisivo diante da Eslováquia, disputando todos os minutos restantes da campanha do selecionado de Fernando Santos rumo ao Brasil.

21 - Konstantinos KATSOURANIS

Konstantinos Katsouranis é uma peça-chave do meio-campo da Grécia desde a sua primeira convocação em 2003. Ele foi um dos pilares da seleção que surpreendeu ao conquistar o título da Euro 2004. O determinado meio-campista também esteve em campo no torneio continental de 2008.

Além disso, disputou todos os três jogos da fase de grupos da Copa do Mundo da FIFA 2010 na África do Sul e desempenhou um papel importante na primeira vitória do seu país na competição, como o autor do passe para que Dimitrios Salpingidis marcasse o gol do triunfo contra a Nigéria.

A carreira de Katsouranis começou em 1996, com o Panachaiki de Patras. O jogador ajudou o time da sua cidade natal a subir para a primeira divisão grega antes de partir para o AEK de Atenas em 2002. Ele foi eleito o melhor jogador da Grécia em 2005 e continuou a impressionar no ano seguinte, quando o AEK foi vice-campeão da liga nacional e conquistou um lugar na Liga dos Campeões da Europa. Foi naquele momento que Katsouranis decidiu seguir o treinador Fernando Santos (hoje técnico da Grécia) do AEK para o Benfica.

Katsouranis foi escolhido o melhor jogador do clube em 2009, ano em que também acrescentou uma Taça de Portugal à sua galeria. Ele então voltou à Grécia para atuar pelo Panathinaikos, clube pelo qual torceu durante toda a vida. Com o time, ele conquistou o Campeonato Grego e a Copa da Grécia. Em 2012, passou a defender o PAOK.

O confiável Katsouranis teve um desempenho fundamental na jornada da Grécia rumo ao Brasil 2014, muitas vezes capitaneando a seleção na ausência de Giorgios Karagounis. Foram somente as suspensões que impediram o camisa 21 de jogar com mais frequência, visto que ele recebeu vários cartões amarelos durante as eliminatórias, além de ter sido expulso na partida contra a Letônia. O experiente meio-campista completará 35 anos durante o Mundial e contribuirá com uma experiência fundamental para a sua seleção.

22 - Andreas SAMARIS

Volante de contenção que adicionou a vocação artilheira ao seu impressionante arsenal de qualidades nas últimas temporadas Andreas Samaris se uniu ao elenco de Fernando Santos no final das eliminatórias rumo ao Brasil 2014. O meio-campista entrou no decorrer da última partida da fase de grupos das eliminatórias, contra Liechtenstein, e saiu do banco nos dois jogos da repescagem, contra a Romênia.

Jogador determinado que estourou para o futebol sob o comando do ex-meia espanhol Michel no Olympiacos, Samaris iniciou a carreira no Panachaiki, antes de ganhar um lugar no Panionis, da primeira divisão grega. As atuações impressionantes na cabeça de área chamaram a atenção do Olympiacos, campeão grego, que assinou em definitivo com ele em 2012. No entanto, ele seguiu atuando pelo Panionis, por empréstimo, até o final da temporada 2012/13.

Desde o seu retorno ao Olympiacos, Samaris vem sendo peça-chave do meio-campo da equipe. Ele disputou todos os minutos da fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa, na qual a equipe se classificou antes de ser eliminada pelo Manchester United nas oitavas de final. O alto meio-campista obteve o primeiro troféu da sua carreira em março, quando o Olympiacos confirmou a conquista do seu 41º título nacional.

23 - Panagiotis TACHTSIDIS

O volante Panagiotis Tachtsidis vem tendo dificuldades de desalojar a velha guarda do meio-campo da Grécia, mas a sua técnica e trajetória no futebol italiano significam que ele é uma aposta para o futuro do técnico Fernando Santos. Depois de estrear pela seleção com apenas 21 anos, poucos meses depois da Eurocopa 2012, Tachtsidis esteve em campo somente 67 minutos em compromissos das eliminatórias para o Brasil 2014, mas foi convocado para oito dos 12 jogos da campanha de classificação grega.

Com apenas 23 anos, este canhoto já passou por oito clubes na carreira. Começou no AEK, pelo qual estreou profissionalmente na primeira divisão grega com 16 anos, jogando ao lado de Rivaldo. Aos 18, disputou com o clube a Liga Europa, e se transferiu para o futebol italiano no ano seguinte, quando assinou com o Genoa.

Desde então, Tachtsidis se tornou um andarilho do calcio, com períodos de empréstimo para o Cesena e o Grosseto e uma boa passagem, também emprestado, pelo Verona, que ficou muito perto de subir para a Série A no fim da temporada 2011-12. Foi ali que suas atuações chamaram a atenção do Roma, que contratou o volante. Como parte de um complexo acordo de copropriedade, ele voltou para o Genoa em 2013, e finalmente assinou com seu atual time, o Catania, que o emprestou para o Torino em janeiro passado.

Fernando SANTOS

Fernando Santos teve uma trajetória pouco convencional até tornar-se um técnico de seleção. Será difícil encontrar um treinador com caminho tão peculiar quanto o dele nos bancos de reserva da Copa do Mundo da FIFA deste ano.

Nascido em Lisboa, Santos iniciou a carreira de jogador na base do Benfica, antes de estrear profissionalmente pelo Marítimo. A seguir foi para o Estoril, onde encerrou a carreira de forma precoce aos 21 anos. Depois deste episódio, ele se desligou do futebol completamente, completando curso superior em engenharia elétrica e de telecomunicações.

Santos passou mais de uma década na segunda carreira antes de voltar ao seu primeiro amor, o futebol. O retorno ao esporte se deu em 1987, ao assumir o comando do Estoril, o seu último time dos tempos de atleta. Ele levou a equipe à primeira divisão portuguesa e, após esse bom trabalho, foi para o Estrela da Amadora, onde ficou por quatro anos. O passo seguinte foi assumir o gigante Porto em 1998.

Ele deu continuidade à hegemonia nacional da equipe, conquistando o título português na sua temporada de estreia e ganhando também uma Taça de Portugal em cada uma das temporadas seguintes em que permaneceu no Estádio do Dragão. Em 2002, foi para o futebol grego, assumindo o comando do AEK de Atenas.

O seu único título no futebol grego ocorreu na primeira temporada em Atenas: a Copa da Grécia. Apesar disso, os seus trabalhos no Panathinaikos, AEK (novamente) e PAOK lhe renderam o título de Treinador do Ano do Campeonato Grego em quatro temporadas. Em 2010, Santos foi eleito o Treinador da Década da primeira divisão grega. O seu sucesso na Grécia foi intercalado com voltas ao país natal, onde comandou Sporting e Benfica.  Porém, foi mesmo o grande desempenho no futebol helênico que lhe rendeu a honra de substituir Otto Rehhagel na seleção grega após a Copa do Mundo da FIFA 2010.

Santos levou a Grécia às quartas de final da Euro 2012. Nas eliminatórias para o Brasil 2014, a seleção chegou em segundo lugar no Grupo G da Europa, perdendo a liderança no saldo de gols para a Bósnia. Porém, uma vitória sobre a Romênia na repescagem deu aos gregos a vaga no Mundial. O português já anunciou a sua intenção de deixar o comando da seleção após a Copa do Mundo, e espera que a saída seja em alta.

"Queremos começar a Copa do Mundo com uma vitória, para também tentarmos mudar a imagem que as pessoas têm do futebol grego", contou Santos em entrevista recente ao site fifa.com. "Se conseguirmos isso, acho que teremos chances de passar da fase de grupos. Uma coisa é certa: não vamos ao Brasil apenas para passear."

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